Porto Alegre do Norte continua lutando


Nessa terça-feira a Sub-Sede de Porto Alegre do Norte do Sintep convocou uma assembleia para repassar as ultimas informações sobre o andamento das negociações em Cuiabá entre o Sindicato e o Governo do Estado.

Mesmo com pressionados pela Secretaria de Educação e Governo do Estado para que retornem as aulas, com a alegação de que o movimento grevista foi declarado ilegal, os profissionais da educação de nosso município decidiram seguir lutando pelas reivindicações que vem sendo feitas desde o começo do mês de junho, por que desistir agora seria abrir mão de um histórico de lutas desse município juntamente com o estado por reais melhorias na qualidade de nossa educação.

Após a assembleia os educadores saíram em passeata pelas ruas de nossa cidade comunicando a sociedade a decisão de continuar lutando, e pedindo apoio da sociedade para que o governo atenda o mais breve possível nossas reivindicações para que possamos dar continuidade ao ano letivo.



A greve continua...

"A greve continua, Silval a culpa é sua!", afirma categoria

      Em assembleia geral realizada hoje (27), trabalhadores da educação votam a continuidade da paralisação.
     Os trabalhadores da educação decidiram aprovar a continuidade da greve até que as reivindicações sejam atendidas, em assembleia geral realizada na tarde de hoje (27), na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, com representantes de mais de 50 municípios. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, "a afirmação do governo de que a greve é ilegal nunca foi e continuará não sendo um problema para o sindicato".
   Gilmar Soares acrescentou que os trabalhadores da educação repudiam as atitudes da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT) e seus órgãos, que tentam pressioná-los a voltar ao trabalho. "Nossa pronta resposta é que não suspenderemos a greve e iremos recorrer da liminar até a última instância. Não baixamos a cabeça para essa elite que desvia recursos da educação", afirmou o presidente. Os estudos do sindicato já comprovaram que é possível a implantação imediata do piso salarial de R$1.312, 00, uma das reivindicações dos profissionais da educação.
   Cerca de 70% das escolas estão paralisadas em todo o Estado e o movimento procura cada vez mais o apoio dos trabalhadores que não aderiram à greve, da população e dos estudantes. Por isso, a categoria também condicionou a suspensão da greve com, no mínimo, a apresentação de uma proposta alternativa nas questões reivindicadas e decidiu realizar atos em todas as cidades de Mato Grosso para fazer pressão junto às autoridades, ao Governo Itinerante e aos parlamentares de cada região. Além disso, fortalecerá a presença dos grevistas no acampamento, que permanecerá montado na Praça Ulisses Guimarães, em Cuiabá, e aprovará um manifesto de convocação de luta aos trabalhadores que não paralisaram as atividades. Na próxima quinta-feira (30), às 14h, será realizado um ato público para manifestar publicamente contra a decisão do desembargador José Tadeu Cury de declarar a ilegalidade do movimento com o slogam: "Ilegal é o Tribunal" e "De forma ilegal age o governo". O local será definido pelo Sintep/MT.
   Os trabalhadores da educação lutam pela implantação imediata do piso salarial de R$ 1.312,00, mas também pelo pagamento das horas atividades para professores contratados, pela posse imediata dos professores aprovados e pelo avanço na lista dos classificados nos concursos. O movimento é para garantir que os professores tenham condições de se dedicar integralmente aos seus alunos, sem precisar ter dois ou mais empregos. Além disso, é preciso investir na estrutura das escolas para que educação de qualidade seja levada à população.
   A luta continua- A atitude lamentável do governo do Estado, de não dar importância e o investimento necessários para a educação, impulsiona o movimento e dá forças aos trabalhadores para lutar pelas reivindicações. Segundo o professor contratado do Estado, Robinson Cireia, "não podemos aceitar voltar ao trabalho pela espada de um governo controlador. Temos que aumentar a mobilização".
João Pinheiro, professor efetivo da rede estadual, reiterou a importância do movimento. "Esse é um momento crucial. Esse governo não tem vergonha na cara, estão fazendo todos os trabalhadores da educação de escravos. Nós não podemos deixar isso em branco. Vamos mostrar que o sindicato não tem medo e luta pelos nossos direitos", frisou o professor.
   A busca por mobilização levou o aluno e presidente do grêmio estudantil da Escola Estadual Liceu Cuiabano, Victor Hugo Silva Teixeira, a discursar em favor dos profissionais da educação e manifestar seu total apoio à causa. "Os professores precisam explicar dentro de sala de aula a importância de lutas como essa, precisam politizar os alunos. A maioria deles nem sabe o que está acontecendo, por isso não está aqui. Sinto vergonha da decisão da minha escola de retornar as atividades. Proibir a greve é ir contra a liberdade democrática. Os alunos são enganados, acham que estão sendo ensinados, que estão aprendendo algo, mas não estão", denunciou o aluno.
Fonte: http://www.sintep.org.br/site_novo/Noticias/NoticiaVisualizar.aspx?id=1299

Nota de Esclarecimento SINTEP/MT


Liminar não põe fim à greve


A Direção Central do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) vem a público e, principalmente, perante os profissionais da educação em greve, esclarecer o que segue:

1. A liminar que decretou a ilegalidade da greve na Educação pública do Estado de Mato Grosso estabelece que o prazo de 72 horas para o retorno das aulas será contado a partir da PUBLICAÇÃO DA REFERIDA LIMINAR.
2. É praxe a publicação dos despachos dos Juízes no Diário da Justiça e até o meio-dia desta sexta-feira (24) esta liminar ainda não havia sido publicada.
3. Desta forma, a Direção Central entende que o prazo de 72 horas será contado a partir da publicação, nesta sexta-feira ou no mais tardar, na segunda-feira, o que implicará em tempo suficiente para as devidas avaliações da categoria na Assembleia Geral do dia 27 de junho, às 14h, para decidir os rumos do movimento.
4. Vimos a público LAMENTAR a forma autoritária como o Governo do Estado, cujos argumentos inverídicos são acatados pelo Juiz, trata a greve da Educação. Greve esta que denuncia o descaso do Governo do Estado para com a Escola Pública Estadual, aquela que deveria ser valorizada por justamente ter que oferecer as condições de aprendizagem de qualidade para a maioria da população de Mato Grosso que a frequenta.
5. É lastimável que o Governo do Estado não atenda a demanda educacional que lhe é devida, sucateia as escolas públicas (falta de infraestrutura), não garante pessoal efetivo (já aprovado em concurso), favorece a existência de trabalho não remunerado (não paga hora-atividade aos interinos), retira recursos significativos da Educação, paga os aposentados com recursos da Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), sob o silêncio do próprio Judiciário (inclusive o Ministério Público) e do Poder Legislativo (que fecha os olhos ao descumprimento da Constituição Estadual pelo próprio governador).
6. É vergonhoso que alguns gestores da Educação, a começar por integrantes do Órgão Central, passando pelas Assessorias Pedagógicas e encontrando respaldo na gestão das escolas, usem do constrangimento para pressionar os trabalhadores em greve a retornar para o trabalho sem considerar a decisão da Assembleia Geral.
7. A ação de intimidação, patrocinada pelos e-mails enviados, notícias veiculadas nos sites, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e das escolas, é reflexo da fraqueza das relações democráticas mantidas desde a Seduc até as unidades escolares.
8. Ao invés de reproduzirem as relações antidemocráticas e repressoras, esses gestores deveriam se ajuntar aos que lutam para exigir mais recursos e melhores condições para o desenvolvimento de um projeto educacional de qualidade para a maioria da população.
9. Lamentamos ser esta a opção do Governo Silval Barbosa. O Sr. governador marca de forma lamentável, no início de sua gestão, as relações com os profissionais da educação.
10. Independente da liminar, da qual a Assessoria Jurídica do Sintep/MT já está trabalhando para recorrer (até as últimas instâncias), queremos reafirmar aos profissionais da educação em greve que a continuidade ou não do movimento é decisão soberana de uma Assembleia Geral. Portanto, até a próxima segunda-feira, quando a categoria se reúne, a GREVE CONTINUA.
11. Conclamamos ao governo Silval Barbosa que trabalhe para reverter a péssima imagem que vem deixando aos profissionais da educação. Pois, aqueles que não medem esforços para, mesmo em condições precárias, garantir o serviço da Educação aos filhos e filhas da maioria da população em Mato Grosso, não vão abrir mão dos seus DIREITOS. EXIGIMOS RESPEITO!

Sintep/MT



Greve dos Profissionais da Educação

Desde segunda-feira 06/06/11, a maioria dos Profissionais de Educação do Estado de Mato Grosso estão em greve, reivindicando melhorias para qualidade de ensino como: mais recursos para as escolas, hora atividade para interinos, nomeação imediata dos aprovados no concurso publico de 2010 e a principal de todas que se refere ao reajuste salarial que por lei deveria ser de 15,7% mas que foi apenas cumprida em partes no mês de Maio quando a Secretaria de Educação deu reajuste de 10%.
Em nosso municipio conforme foi definido em assembléia no dia 02/06/11 aderimos o movimento de greve a partir do dia 14/06/11, pois ja estava programado entre os dias 04/06/11 e 11/06/11 a etapa regional dos Jogos Estudantis de Mato Grosso.

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